segunda-feira, 5 de maio de 2008

Desgraça pouca é bobagem

É, a situação está cada vez pior. Ainda bem que aqui em casa não temos muitas bebidas alcoólicas, se não eu já tava ferrado. É, eu tenho esse problema, eu costumo beber muito quando eu estou com problemas e, ainda por cima, fazer ou falar besteira. Mas não qualquer tipo de besteira, eu tenho toda a consciência do que estou fazendo (aliás, eu não acredito muito nisso de amnésia alcoólica não, acho que é tudo balela de gente que não quer assumir o que fez). Então, eu costumo ligar para algumas pessoas, falar algumas coisas que eu queria dizer, mas não falava, sabe? Fico uma pessoa totalmente sincera.

Basicamente, estou sofrendo de desilusões sucessivas. Sabe aquele ditado: “desgraça pouca é bobagem”? Pois pode acreditar, é a mais pura verdade.

Eu sei que sempre tem um idiota pra rir da desgraça alheia (eu normalmente sou um desses idiotas, por sinal), mas só pra dar gostinho: perder as pessoas que mais se ama no mundo, os amigos se virarem contra você por algo que você, de jeito nenhum se arrepende e, por isso, não tem como eu fazer nada a respeito. Além disso, a vida de estudante não está lá a oitava maravilha do mundo. É, muita ralação, pouco resultado e pouca animação com o futuro profissional são fatores que me acompanham desde o início do ano.

Mas vamos parar de chorar as mágoas. Se há fases ruins, é para nos ensinar a valorizarmos as fases boas. E elas com certeza virão na minha vida! Elas sempre vêm, eu sempre fui uma pessoa de ciclos. Ou muita coisa dá certo de uma vez, ou tudo dá errado junto. E eu acho que as coisas começaram a dar errado quando eu não passei nos vestibulares das faculdades for da minha cidade.

Por outro lado, às vezes eu imagino se tudo isso não é apenas o início de uma nova vida. Sim, todo começo é difícil (mas não precisava ser tão difícil assim também) e serve para termos também uma base sólida depois.

O que fazer? Esperar? Entrar na depressão? Deixar que tudo isso tome conta? NÃO! Não vou dar esse gostinho às pessoas que esperam que eu faça isso. Prefiro carregar esse fardo com um sorriso no rosto e cuidando de mim, coisa que eu não estou fazendo muito, mas tenho de fazer, preciso fazer! Vou começar assim que o tempo permitir, vocês vão ver (como se alguém lesse isso aqui né ^^ ).

domingo, 4 de maio de 2008

Carta para o futuro

Hoje à noite eu podia sentir seu cheiro no meu travesseiro. Foi estranho, mas confesso que gostei. Ter você tão perto de mim depois de tanto tempo foi reconfortante.Sinto sua falta, mas não sei se esse sentimento é o melhor no momento. Eu queria que tudo voltasse a ser como era antes, eu e você sendo quase uma única pessoa, completando as frases um do outro, adivinhando pensamentos! Coisas que não fazemos com qualquer um e que eu, por sinal, só fazia com você.

As outras foram apenas as outras. Carnal, pura e simplesmente carnal. Me admiro às vezes de pensar o quanto você foi especial na minha vida. E ainda o é, só que agora estamos assim meio que inimigos. Já dizia Ana Carolina: “como velhos desconhecidos, se você não me escuta, eu não vou te chamar”. É bobagem tentar o impossível, todos sabemos. Por mais sonhador que eu seja, por mais romântico que eu possa parecer, não quero que você me humilhe. E é isso, provavelmente, o que fará, já que precisa descontar em alguém sua raiva. Eu sabia que seria assim. No fundo eu sabia que você preferiria que a corda estourasse do meu lado, se tivesse que escolher. E assim o fez, sem hesitar nem levar em conta tudo o que vivemos.

Por falar em tudo o que vivemos, hoje sonhei com nós dois. Ultimamente, isso está se tornando rotina. Não sei porquê, mas gosto de pensar que você ainda está comigo, mesmo depois de tudo o que aconteceu. Quando meu telefone toda, eu fico ansioso esperando que seja você. Mas e se for? O que eu vou fazer? Fingir que nada daquilo foi verdade e que ainda somos o mesmo que éramos antes? Acho que não. Provavelmente vou fazer a mesma coisa que você faria comigo: te rejeitar friamente e figurar um ódio que suprimiu todo o amor! Amor e ódio são sentimentos muito, mas muito próximos mesmo.

Quem sabe toda essa vontade de consertar as coisas não é na verdade uma grande saudade por tudo aquilo que vivemos? Sim, pode ser vontade de que tudo volte a ser o que era antes, do mesmo jeito, sem tirar nem pôr. Aquele ‘chove não molha’ que nós vivíamos era muito bom. Alimentava nosso ego, nossas fantasias, fazia-nos sonhar com algo que sabíamos, nunca iria se concretizar. E por isso era bom! Ficava apenas no plano da fantasia. Tanto que quando tivemos a chance de reverter isso, não o fizemos. Porém, continuamos alimentando aquela mesma fantasia, deixando sempre vivo o sonho e a ilusão.

Eu sei que você está passando pelo mesmo que eu. Eu sei que você está com saudades de ter alguém com quem falar sobre seus problemas, sobre sua vida, sobre suas descobertas e aventuras. Sei também que se eu reaparecesse hoje na sua vida, tudo seria bem diferente. Somos pessoas diferentes agora. Temos outras metas totalmente diferentes. Creio que você tem outra personalidade depois de toda essa experiência maldosa que o destino nos obrigou a passar, essa prova de força que, infelizmente, não conseguimos superar.

Aprender a perdoar é um dom, que eu não possuo. Quem sabe um dia não só eu, mas você também, o desenvolva, e possamos voltar a sermos o que éramos. Sim, você tem um caráter permanente em minha vida. Por mais distante que esteja, sempre vou me lembrar com carinho de você. E não vou guardar grandes lembranças desse fim besta que tivemos, apenas me lembrarei de tudo de bom que vivemos, dos momentos alegres e dos planos. E quando eu tiver 31 anos, no dia 20 de agosto, com certeza eu me lembrarei de você E pensarei o quanto eu poderia estar feliz naquele dia, e não estou por não ser capaz de superar nem de perdoar. Talvez nesse dia eu me torne uma pessoa melhor.